O MP deduziu acusação perante tribunal coletivo contra um arguido pela prática de um crime de homicídio qualificado, de dois crimes de roubo qualificado e de um crime de furto qualificado. No mesmo processo foi também acusado outro arguido pela prática de um crime de roubo qualificado.

Segundo a acusação, o primeiro arguido, de 26 anos de idade, na manhã de 22 de outubro de 2016, entrou numa casa térrea em Olhão e agrediu repetidamente a soco a moradora, de 96 anos de idade, até a deixar caída no chão, sem sentidos.

Ainda segundo a acusação, na manhã seguinte, em Faro, o mesmo arguido arrombou a porta de entrada de uma casa e agrediu repetidamente a soco e a pontapé a moradora, de 84 anos de idade, após o que a estrangulou até à morte. Os factos terão sido praticados com especial censurabilidade e perversidade.

Indicia-se suficientemente ainda que nesse mesmo dia, também de manhã, esse arguido e outro arguido, este de 19 anos de idade, arrombaram a porta de outra casa em Faro, após o que, enquanto o segundo vigiava junto à porta, o primeiro arguido agrediu a moradora, de 82 anos de idade e a arrastou para a casa de banho, onde a trancou.

Depois das agressões, o primeiro arguido terá, em todos os casos, procurado nas habitações bens e valores das vítimas e levado os que encontrou.

O primeiro arguido é reincidente, tendo já sido condenado pela prática de vários tipos de crimes, designadamente roubo, sequestro e furto e encontrava-se em liberdade condicional até ter sido detido, no âmbito deste processo, em outubro passado.

Desde então, mantém-se em prisão preventiva.

Nesta investigação, o Ministério Público foi coadjuvado pela Polícia Judiciária - Diretoria do Sul